Documentário revela as riquezas naturais de Santa Teresa

Algumas das áreas verdes mais preservadas de Santa Teresa, na Região Serrana do Espírito Santo, serão as atrações principais de um documentário que tem o enfoque de mostrar o corredor ecológico da região.

O documentário está sendo produzido pelo Instituto Últimos Refúgios e será no formato de média-metragem, intitulado de “Corredor de Vida Santa Teresa: Conexões da Mata Atlântica”, que tem como objetivo mostrar a importância da área ecológica e verde do município cercado por serras.

Os locais mostrados serão: a Reserva Ecológica Augusto Ruschi, a Estação Biológica de Santa Lúcia, o Museu de Biologia Professor Mello Leitão (sede do Instituto Nacional da Mata Atlântica – INMA), a Reserva Natural Olhos D’água, a Área de Proteção Ambiental (APA) do Goiapaba-Açu, entre outros espaços.

Santa Teresa foi o local escolhido para a produção do documentário por ser uma das regiões mais biodiversas do mundo, com espécies importantes de animais e plantas, tais como colibris, anfíbios, bromélias, orquídeas e árvores de grande porte.

Além disso, o município é sede do Instituto Nacional da Mata Atlântica (Inma), que é uma instituição científica, tecnológica e de inovação, tendo um acervo com cerca de 120 mil espécimes da fauna e 53 mil registros da flora brasileira.

De acordo com o fotógrafo de natureza e fundador do Instituto Últimos Refúgios, Leonardo Merçon, o documentário é um passo para promover o equilíbrio entre pessoas e natureza.

“Sempre ouvi que Santa Teresa possui uma das maiores biodiversidades do mundo e isso me chamou a atenção. Quando precisamos definir um lugar para focar as atividades do instituto, escolhemos a localidade porque acreditamos que é necessário trabalhar para proteger essa riqueza. Muitas espécies que a região abriga estão ameaçadas de extinção, como o pássaro saíra-apunhalada, o macaco muriqui-do-norte e a águia harpia”, contou o fundador do instituto.

O Instituto Últimos Refúgios é apoiado pelo Instituto Américo Buaiz, que busca fortalecer o desenvolvimento social do Espírito Santo usando a força da comunicação em favor de entidades do terceiro setor e promovendo ações e projetos nas áreas de educação, cultura, sustentabilidade, assistência social, meio ambiente, esporte e formação de jovens.

Léo destacou que o instituto fará expedições a Santa Teresa nos próximos dois anos para registrar imagens e entrevistas.

“Queremos conversar com os moradores e profissionais da área do meio ambiente para conhecer histórias e entender os desafios enfrentados”, explicou Leonardo.

Sendo contemplado pela Lei de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura, do Governo Federal, o filme está em fase de mobilização de recursos. De acordo com o fundador do Instituto Últimos Refúgios, as marcas que apoiarem o documentário serão representadas nos materiais e nas ações de comunicação e divulgação e de educação ambiental.

“Essa é uma oportunidade para empresas se associarem a uma instituição que atua na causa ambiental. Conquistamos o respeito da sociedade graças a nossa dedicação, honestidade e forma responsável de lidar com o recurso público. Nossos produtos culturais são valorizados nacionalmente. Já são 14 livros publicados e dezenas de produções audiovisuais, sempre entregando mais que o prometido”, ressalta.